Cyberia: a nova fronteira do Ministério Jovem
Realidades tecnológicas de uma geração cibernética
Analistas demográficos dizem que eles existem em grande quantidade. O espaço cibernético é suficientemente grande para milhões deles, muitos dos quais são alheios ao cristianismo. Chame-os de “tecnosurfistas”, rotule-os de “ratos de computadores”, dê-lhes o nome que quiser.
Mas saiba que 70 a 80% dos jovens de hoje entre 12 e 24 anos de idade ficam diante de um computador todos os dias. Serviços de assinatura como AOL, entre outros, estimam que entre 50 e 60% de sua base de usuários são famílias com filhos de 18 anos de idade ou menos, Se não a maioria, muitas escolas de ensino médio e faculdades fornecem aos alunos alguma forma de acesso online.
Adolescentes e jovens adultos compõem o maior grupo ligado à internet.
O sector comercial não desconhece o fato de que essa nova geração é quase tão ávida pelo espaço cibernético quanto seus pais eram pela televisão e os avós, pelo rádio. “A garotada adora a internet; ela é muito legal”, observa Katheleen Criner, da consultoria Criner-Wilson. “As pesquisas sugerem que essa rapaziada gosta mais dos computadores do que das TVs.”
“O que a TV representou para os baby boomers [denominação para as pessoas que nasceram logo após o término da II Guerra Mundial e, portanto, chegaram aos 60 anos], hoje os computadores representam para a geração X, comenta Larry Chase, presidente da Online Advertising Agency.
A realidade tecnológica aponta claramente para uma geração jovem e plugada, dezenas de milhões deles habitantes da Cyberia. Corporações seculares já se lançaram no espaço cibernético, ávidas para recolher os cerca de 120 milhões de dólares que os jovens gastarão a cada ano. As maiores companhias mundiais de comunicação estão lançando elementos online na internet para complementar sua atual programação. Do cinema à televisão, do rádio às revistas, quase todos têm a sua versão cyberiana que visa atingir os screenagers.
A realidade tecnológica também diz que as gerações mais jovens são do tipo “mão na massa”, interativa e inteligente. Insatisfeita em serem observadores passivos, os jovens de hoje buscam o envolvimento e a interação.
Comparada com outras mídias, a comunicação cibernética é mais personalidada e relacional, seja pelo rádio, vídeo, quadro de anúncios, linhas de bate-papo e e-mail. Serviços online estão rapidamente se tornando o telefone do século 21. E os jovens estão intensamente interessados nessa nova tecnologia. Eles sabem quase tudo sobre computadores. Os screenagers usam sua inteligência tecnológica como um crachá de honra. A internet é sua plataforma revolucionária.
Finalmente, a realidade tecnológica mostra os screenagers procurando uma comunidade autêntica. Com muitos deles sendo deixados sozinhos em casa ao voltarem da escola, e com mais de 50% de suas famílias passando por divórcios, os jovens de hoje buscam relacionamentos abertos e genuínos, onde quer que se possa encontrá-los.
Vivendo em uma sociedade hostil. de tempo real, muitas vezes perigosa demais, prejudicial demais, superficial demais e crítica demais, os screenagers estão construindo suas próprias comunidades relacionais no espaço cibernético. Mesmo com os perigos da internet, muitos jovens e adultos jovens conectam-se uns com os outros online, buscando desesperadamente uma comunidade.
Fica claro que satélites artificiais decoram o céu cibernético vendendo de tudo, desde roupas esportivas até sexo. Corporações capitalistas entram no espaço cibernético com os olhos nos bolsos dos adolescentes. Instituições educacionais entram na internet para captar os inteligentes surfistas de tecnologias. Mas o que dizer do coração desses jovens? Estará a alma desses screenagers destinada a ficar perdida no espaço?
Esse artigo foi copiado do Livro "Acerte o Alvo", pág. 150.